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Diversificação

É impossível prever o futuro, isto é um fato. Existem diversos meteorologistas que podem provar esse fato, quantas vezes foi noticiado nos jornais um clima ensolarado perfeito para ir para a praia e ao chegar se deparar com uma tempestade, isso é muito comum.

Existem diversos analistas financeiros, com diversas teorias, metodologias, mas que raramente funcionam, algumas vezes falhando mais que até mesmo a previsão do clima.

Caso algum analista com “superpoderes” consiga prever o futuro ele simplesmente vai comprar apenas ações daquela empresa e ter um lucro gigantesco que será publicado em jornais, livros e terá provavelmente um monumento em sua homenagem.

Mas infelizmente não existe nenhum monumento em Wall Street para este analista ou investidor destemido, o que meros mortais podem fazer é diversificar para evitar o risco.

Ao possuir 100% das suas economias em uma única empresa e está vir a falir, perderá todas suas economias.

Ao possuir 50% de suas economias em uma empresa área e 50% em uma empresa de tecnologia. Mas caso uma destas empresas vir a falência poderá perder 50% do seu capital. Ninguém gosta de perder, ainda mais se tratando de 50% do seu capital.

Ao investir em diversas empresas terá um risco menor. Ao investir em 10 empresas diferentes em caso de falência de uma destas empresas perderá apenas 10% do seu capital.

E pode ocorrer a valorização de outras empresas, nesse caso pode anular sua perda ou mesmo transformar em lucro.

É muito comum uma ação de um setor desvalorizar enquanto outro setor se valorizar.

Em 2019 com a economia indo de “vento em popa” o setor bancário teve altos rendimentos, mas em 2020 com a crise não se saíram muito bem, já o setor de energia parece não ter sentido a crise e tiveram um bom rendimento.

Benjamin Graham em seu livro o Investidor Inteligente fala algo bem simples, mas eficaz: “Porque procurar uma agulha se posso possuir o palheiro todo”.

Um dos maiores gestores de fundos da américa do norte Peter Lynch gosta tanto da diversificação que chegou a possuir mais de mil ações em seu portifólio e teve um ótimo rendimento.

Para um investidor comum ter mil ações é praticamente inviável, não conseguiria acompanhar todas elas de forma alguma.

O ideal é possuir uma quantidade que você pode justificar, saber o motivo de tê-las comprado.

Porque não começar comprando ações de setores diferente? Escolha campeões de cada setor, as conhecidas como blue chips.

Blue chips são aquelas ações de empresas grandes e já estabelecidas no mercado, procure inicialmente por estas.

Tente descobrir que são as campeãs de cada setor e estude dobre elas, veja se possui alguns atrativos.

Existem diversos setores e subsetores como bens industriais, comunicação, consumo cíclico, consumo não cíclico, financeiro, matérias básicos, combustível, saúde, tecnologia, utilidades públicas e outros.

Escolha os setores que preferir, não é necessário investir em todos os setores claro, apenas nos setores que ver uma oportunidade, conhecer ou se identificar.

Alguns investidores não investem em empresas de petróleo (combustível), por acreditarem que isso afeta ao meio ambiente e não querem participar disto, outros não investem por acreditar que será extinto.

Mas existem outros investidores que investem por ser lucrativo ou por algumas empresas estarem investindo em tecnologias verdes.

Ao se deparar com um consultor de investimentos não invista apenas por acreditar em uma pessoa, pergunte os motivos pelos quais ele está indicando aquela ação e só invista se fizer sentido e estiver confortável.

Caso não goste de escolher suas ações e não queria um consultor de investimentos. ETFs são uma ótima opção. Mas existem aqueles que sentem prazer de estudar sobre investimentos e gostam de escolher suas próprias ações, me enquadro neste último perfil.

Cabe a cada investidor escolher sua estratégia da melhor maneira possível, não importa se opte por ETFs, por um consultor ou faça por si. Como aquele velho ditado popular: “Ninguém vai cuidar melhor do seu dinheiro, do que você mesmo”.